Quando tomei conhecimento da situação de mais de 100 animais
– entre ovinos, caprinos e suínos – que viviam em condições de maus tratos num matadouro clandestino em um sítio da Vila União em Campinas, na última semana, fui tomado por um sentimento de indignação. Seria possível tamanha crueldade?
Para não cometer injustiça, pedi ao meu assessor Paulo Adib que verificasse de perto. A cena descrita causou-me revolta: animais desnutridos, desidratados, doentes, machucados e até mutilados vivendo num ambiente sem as mínimas condições de higiene. E o pior é que o responsável pelo local, abatia os animais e vendia a carne à população.
Diante desse quadro, mais que depressa coloquei-me à disposição da delegada Rosana Mortari, da Delegacia de Proteção aos Animais e Meio Ambiente de Campinas, que coordenou a ação de apreensão; e do veterinário Diogo Siqueira, perito ambiental responsável por tratar dos animais recolhidos no matadouro.
Afinal, desde que comprei uma fazenda em Espírito Santo do Pinhal, em 2001, venho me empenhando na preservação da fauna e flora local. A fazenda possui uma das maiores áreas de preservação ambiental do Estado, com diversas espécies raras de árvores, como uma figueira centenária, além de animais silvestres, alguns ameaçados de extinção.
É para lá que esses animais foram encaminhados, estão sendo avaliados e recebendo tratamento adequado por veterinários da fazenda, sob a supervisão de Diogo Siqueira, profissional do qual nos tornamos parceiros, pois defendemos a mesma causa: coibir os maus tratos aos animais e devolvê-los à natureza, onde possam viver em liberdade e segurança.